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Quanto vale um mestrado?
Sabes que percentagem de trabalhadores tem um mestrado? E qual o ganho salarial entre os licenciados e os mestres? E será que há diferenças entre áreas de formação? Descobre todas as respostas.
PUBLICADO A 21/09/2020
AUTOR FJN
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À medida que cada vez mais jovens completam uma licenciatura ou uma formação superior mais curta, também a decisão de prosseguir estudos e completar um mestrado se tem vindo a generalizar.
Este nível médio de qualificação vai-se tornando mais frequente, quer entre os os trabalhadores dos setores privado, como público. Focando no universo de trabalhadores empregados em empresas do setor privado e do setor empresarial do estado, no segmento etário dos 25 aos 34,
a percentagem de trabalhadores com um curso superior de primeiro ciclo (licenciatura ou equivalente) era, em 2018, de cerca de 23.6%. A percentagem de mestres era ainda de cerca de 5.6%.
Evolução do número de trabalhadores com licenciatura ou mestrado
Fonte: Quadros de Pessoal (GEP/MTSSS), FJN/Brighter Future. Nota: Inclui apenas trabalhadores dos 25 aos 34 anos.
Apesar desta menor proporção dos mestres, verifica-se um aumento muito significativo da percentagem de mestres entre os trabalhadores.
Entre 2016 e 2018, o nº de trabalhadores com mestrado mais do que quadruplicou, enquanto que o número de licenciados diminuiu em cerca de 10,5%

Esta tendência de crescimento muito acentuado, associada à decisão cada vez mais comum de continuar a estudar imediatamente após a conclusão de uma licenciatura, levanta a questão:
Vale a pena completar um curso de mestrado?
_Quais as vantagens em termos salariais associadas à conclusão de um mestrado?
A vantagem salarial de concluir um mestrado quando comparado com uma licenciatura é evidente. Em 2018, os trabalhadores mestres entre os 25 e os 34 anos ganhavam, em média, um salário 20% mais elevado que os licenciados.
Esta diferença salarial aumentou cerca de 9 pontos percentuais desde 2010, mas há que notar que os salários médios associados a ambos os níveis de escolaridade diminuíram significativamente. Mas enquanto que o salário médio dos licenciados recuou cerca de 17% face a 2010, para os mestres a queda foi de apenas 10%.
A evolução entre 2016 e 2018 foi mais positiva para ambos os níveis de escolaridade. De facto, a diferença salarial entre mestres e licenciados aumentou cerca de 4,5 pontos percentuais desde 2016, muito devido ao crescimento mais acentuado do salário médio dos mestres (6,4%) quando comparado com o crescimento do salário médio dos licenciados (2,4%).
_Existirão vantagens salariais para todas as áreas de formação?
As vantagens salariais não são contudo, uniformes entre as diversas áreas de formação do ensino superior:
_Existem algumas áreas em que os licenciados ganham mais do que os mestres, nomeadamente nas áreas associadas ao setor primário (agricultura, silvicultura e pesca) e à formação de professores.
_Nas áreas de Serviços pessoais e Indústria transformadora, os licenciados têm salários médios semelhantes aos dos mestres.
_Nas restantes áreas de formação, os ganhos salariais existem e são substanciais, atingindo valores superiores a 20% nas formações em Saúde, Ciências empresariais, Serviços de segurança e Informática.
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